OCUPAR UM PRÉDIO PARA VIVER

OCUPAR UM PRÉDIO PARA VIVER

A madrugada do 1º de Maio, foi de pânico e sofrimento para mulheres, homens e crianças que habitavam um prédio no centro de São Paulo que desabou depois de um grande incêndio.


São mais de 100 famílias que por não terem onde morar, ocuparam o prédio que não tinha as condições básicas de habitação não por responsabilidade de quem lá morava, mas sim pela ausência consciente e a negligência dos governos, indo do Prefeito, passando pelo governador do Estado até o Presidente.

A hipocrisia e a violência dos governos contra essas centenas de pessoas desabrigadas é tamanha e se escancara nas declarações do governador que disse que o que provocou a tragédia foi a ocupação, ou o Prefeito que tenta se desresponsabilizar dizendo que o prédio é da União e o cadastramento para aquisição de moradia não depende só da Prefeitura .

Para as famílias que perderam o pouco que tinham e estão desabrigadas, é duro observar que para juízes muitos dos quais são responsáveis pelas sentenças judiciais que despejam dos prédios, casas e terras aqueles que não têm onde morar, a coisa é diferente.

Para esses juízes que recebem em média mais de R$ 30 mil de salário são garantidas várias benesses, como por exemplo, receberem auxílio moradia mensal no valor de R$4.200,00 mesmo morando na mesma cidade em que trabalham.

Enquanto crianças, homens e mulheres são obrigados a improvisar moradia num prédio sem luz e agua, convivendo ao meio do lixo e da degradação, os que estão na gerencia da máquina do Estado estão no conforto de suas mansões e governam para atender os interesses daqueles que se enriquecem retirando direitos, salários, moradia e a dignidade dos trabalhadores.